Os dictineos respeitam e temem os magos, e assim como os imperiais eles crêem que os magos devem ser vigiados como uma possível fonte de problemas, mas o controle é menos severo. Existe uma sede da Academia em cada uma das cidades-estado. A academia recebe como aprendizes membros de qualquer classe social que demonstrem aptidão para a magia, apenas estrangeiros são excluídos. Os aprendizes estudam vários anos até estarem prontos para correr o mundo, aprimorar seus poderes ou obter ingredientes raros. A Academia fornece aos seus membros um registro que os autoriza a utilizar magia e exige alguns procedimentos para o controle de seus membros. Os magos devem retornar à sua academia de origem pelo menos uma vez por ano e fazerem um relatório de suas atividades, os que não comparecerem serão considerados traidores e caçados; os magos ao entrarem em uma cidade-estado devem se apresentar na sede local da Academia; viagens a territórios não dictineos devem ser comunicadas previamente, viagens a regiões imperiais requerem uma autorização especial.
Membros da Guilda Birsa de Magia podem usar magia somente em situações de sobrevivência ou defesa pessoal, mas devem se apresentar na sede local da Academia ao entrar na cidade. Membros da Ordem Imperial de Magia são capturados como prisioneiros de guerra assim que identificados. Magos independentes, não pertencentes a nenhuma das três instituições, são capturados e interrogados. Após o interrogatório podem ser forçados a se unir à Academia, banidos, aprisionados ou mortos, dependendo da decisão do rei ou rainha local.
Ainda durante o Império Hictio, os magos eram bastante temidos e algumas vezes caçados como bruxos, queimados ou expulsos. Por causa do domínio dos Reis Feiticeiros, a magia arcana sempre foi vista como sinônimo do mal. Desta forma os magos viviam escondidos e só revelavam seus segredos a pessoas de confiança. A falta de um colégio organizado dificultava o estudo e o avanço nos conhecimentos místicos. Tal despreparo dos hictios em relação a magia tornou-os presa fáceis do segundo domínio Arcondi.
Após a queda do ciclo Arcondi, os Dictineos consideraram melhor estudar a magia arcana e mantê-la sob controle. Uma das características mais marcantes desta academia de magia é o seu caráter belicoso, onde seus membros passam por um rígido treinamento militar com o ensino das artes místicas voltadas quase que exclusivamente para o combate.
Foi através de Adsut Chêir, filho de Dartar, que os magos e aprendizes passaram a se associar com a finalidade de aperfeiçoar seus conhecimentos, transmiti-los e posteriormente evoluiu para uma academia.
Para entender um pouco a história desta academia, temos que voltar no tempo e entender a história de Dartar. Este foi um dos vários magos que no passado serviram os Reis Feiticeiros Arcondi como escravos. Não que o conhecimento da magia fosse desconhecido até então, mas estavam disperso em pequenos grupos e após o domínio dos Reis Feiticeiros, os magos foram caçados e aprisionados, forçados a servir os Reis Feiticeiros Arcondi ou morrer. Selecionados entre aqueles que tinham aptidões místicas, foram treinados para serem soldados e servos encarregados das artes míticas mais básicas e usadas nos campos de batalha.
Após a libertação do domínio dos Reis Feiticeiros Arcondi, muitos dos antigos magos fugiram e vagaram secretamente pelo mundo com medo da perseguição. Muitos destes com o intuito de pagar por seus pecados e impedir o ressurgimento do antigo mal, devotaram suas vidas a ensinar a magia e a destruir o mal. Entre eles se encontrava Dartar que buscou ensinar e difundir as habilidades místicas entre aqueles que desejavam não somente aprender, mas ajudar a combater o mal sob todas as suas formas. E foi com esta filosofia que seu filho juntamente com outros cinco jovens aprendizes fundaram a Escola de Magia de Mirsim, que seis anos mais tarde seriam controlados pelo rei de Mirsim, por fim seu modelo foi copiado pelas demais cidades-estado dictineas.
A pequena escola cresceu e tomou aos poucos ares de uma academia, reunindo conhecimento e cada vez mais pessoas sob uma hierarquia rígida.
As cinco mais poderosas academias de magia são as localizadas nas cidades-estado de Nidre, Diate, Mirtos, Tilissos e Kamaris. Já as cinco academias que possuem as maiores redes de influência são as cidades-estado de Zacro, Sanom, Gazi, Cânia e Tiraki.
Diferentes dos padrões comuns de magos existentes no Leste do continente, os magos dictineos são soldados que usam a magia como uma poderosa arma de combate.
Seus treinos mais do que mentais são também físicos, onde em diversos aspectos se assemelham ao treinamento de soldados comuns.
Um rígido código de honra e lealdade entre seus membros é cultivado, assim como o respeito a hierarquia da academia. A deslealdade e a traição são pagos com a morte.
Seguindo este preceito de combate, as magias ao longo dos anos foram sendo aperfeiçoadas não somente no intuito de se tornarem mais mortíferas, mas também com maior precisão.
Algumas destas academias assumiram uma preocupação maior no aperfeiçoamento da magia o que pode ser claramente visto na tabela a seguir. Os magos mais poderosos são formados na Academia de Kamaris, de Tilissos e de Mirtos, onde claramente se pode alcançar os níveis mais profundos da magia e a maior quantidade de magias.
Outras buscaram mais influência e os benefícios de estar alinhados a administração das cidades, perdendo em poder, mas ganhado em influência. Esta influência pode ser medida pelos maiores salários, aliados entre nobres, auxílio de tropas em missões e melhores equipamentos.
Sendo as academias mais influentes são as das cidades de Tiraki, Cânia, Gazi e Sanom, como pode ser visto na tabela abaixo.
Os benefícios são inúmeros, de aceitação e cooperação por parte dos soldados e membros da aristocracia, a salários e influência dentro e fora das cidades aliadas. Mas existem aqueles que não buscam nada a não ser o conhecimento, pois sabem que deste conhecimento vem o poder de mudar o mundo. É este poder que abre portas, mas que provoca temor e receio não somente aos poderosos como também a população.
A jornada do conhecimento para aqueles que a buscam é sempre difícil e perigosa, requer provações e obstinação, uma jornada que não indicada para os fracos e temerosos.
Tabela